Recostou a cabeça na grama macia e olhou para o céu azul sobre
sua cabeça.
Seus pensamentos rodavam borbulhantes e inquietavam suas lembranças.
Respirou fundo, fechou os olhos e tentou aquietar-se.
Havia tanta necessidade em lembrar....Não queria esquecer-se,
ainda estava tão vivo na sua pele o seu toque, seu sussurro ao ouvido...seus lábios derramando-lhe
palavras inebriantes.
Queria urgentemente senti-lo novamente.
Pousou as mãos no seu coração, batia descompassadamente. Como
dizer-lhe que parecia insano tudo aquilo....
Impossível explicar. Corria-lhe nas veias uma necessidade de
tê-lo ali. ..
Não sabia seu nome, nem tão pouco de onde vinha, mas
encontraram-se e bastava.
Um sorriso acomodou-se nos seus lábios. Identificaram-se.
Acariciou seu rosto, ainda sentia seu toque. A flor no
cabelo tinha o perfume da do seu beijo.
As lembranças embaralhavam-se.
Não sabia (nem queria) saber quanto tempo havia acontecido, quando se
fora, apenas queria lembrar.
Sentiu a sobra da nuvem que encobria o sol....levantou-se,
hora de ir e pra onde fosse levaria um coração feliz.
Olhou ao seu redor e tudo havia mudado. Percebeu flores ao seu
redor, pássaros dançando no céu, folhas coloridas no chão mostrando-lhe o
caminho.
Ah....onde fosse, levaria o brilho do que foram dentro de si.
Inegavelmente ele habitava nela.
Soltou o cabelo e sentiu o vento soprar-lhe desejos.
Levantou-se e sentiu sob seus
pés as folhas macias. Seguiu o seu caminho. Nada lhe roubaria o que
havia vivido.
Seguiu . Ria-se. Havia festa dentro de si.
O Amor brincava com as estrelas que enfeitavam agora o céu
dentro de si.
Sabia que não havia o
que fazer.
Seus passos apressaram-se. Correu. Sabia que lá, depois dos montes , onde o céu encontrava o
mar, seria o seu destino.
Riu-se e com uma alegria incomparável... Deixou para trás o
que um dia pensou que fora.
Agora sim, estava pronta.
Seguiu . Não havia o que fazer, se não trilhar o caminho que
era seu.
Foi.
Zana Ol