terça-feira, 29 de novembro de 2011

Ilusão




 Às vezes me iludo...
Sou Sol, Lua, vento e mar
E nesta ilusão me permito Amar.

Às vezes me encontro
Entre um Amor e outro
E então sou outra.

Navego em sonhos
Vôo em pensamentos
Me embalo nos acordes da vida.

Às vezes me iludo...
E nesta minha ilusão
Ganho o mundo
E o guardo dentro do meu coração.

E sigo meu rumo,
Meu destino, minha vida
Hasteio velas e pensamentos
E deixo o vento ilusório da felicidade me guiar
E entre uma brisa,
Uma onda, um luar
Minha ilusão encontra a tua

Às vezes me iludo...

Zana Ol


quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Vida




 Não há desenganos,
Somente vida para ser vivida
Sorvida até o último gole,
Até o último suspiro
Só assim faz sentido,
Só assim se vive de verdade
Não existem possibilidades para o amanhã
A vida se faz urgente,
Esvai-se cedo demais
Ou muito rápido
É preciso de urgência
E sabedoria
É preciso amor e ternura
É preciso mansidão
E alento
Não há alternativa
É preciso vivê-la
Como se talvez ela acabasse ali
Na próxima esquina,
No próximo beijo,
No próximo gozo.

Não há desenganos,
Somente vida
Sem amarras,
Sem talvez
Ela é tua, minha, nossa

Acontece agora
Não existe definição
Apenas constatação
Assim é a vida,
Vida para ser vivida,
Absorvida,
Sorvida,
Apenas Vida.

Zana Ol

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Tua estrela...



 Falaste-me assim
E assim o ouvi
Seu sussurro me disse
O quanto as estrelas
Teimavam em brilhar
Perto de ti

Então por um breve momento
O vento te levou  minhas palavras
E disse-lhe
Com uma suavidade singular
E a constância necessária
“É que agora
Tua luz acendeu-se
Por um fragmento de segundo
Deixaste-o chegar
E o alojaste onde ele deveria ficar,
As estrelas que brilham,
Nada mais são
Que o  Amor que permitiste
Que em ti acontecesse.
Assim as estrelas que refletem
Fora são as mesmas
Que brilham dentro de ti”


Segue teu lume
E encontre
O caminho
Pois teu coração saberá
O brilho certo
E o coração disposto
A aceitar o brilho
Intenso das tuas estrelas.

Zana Ol


segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Inevitável...

 E assim vamos 
 Buscamos o impossível
Abrimos gavetas,
Portas,
Janelas
E na ânsia de encontrar
Esquecemos
Do inevitável.

Abrimos mente,
Coração
e entregamos
nossa mais pura solidão.

Buscamos
E caminhamos incessantemente
Num caminho sem fim
E inevitavelmente
Nos deparamos
Com portas abertas
Porém instransponíveis,
Gavetas mostrando o que tem  dentro,
Sem deixar que se tire algo de lá...
Mentiras cruéis
Sustentando vidas...
Vamos aos poucos
Fechando as gavetas,
Trancando as janelas,
Chaveando as portas,
E Inevitavelmente seguindo o caminho, 
seguindo a vida.

Zana Ol