terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Deliciosa felicidade




E por ser leve, voava!
Longe ia,
Muito além do pensamento.

Ria-se,
Via flores de todas as cores,
E declarava seus amores.

E por ser livre
Amava
Encantava
Delirava

Não havia sombra
Não havia tristeza
Não havia amarras.
(Estas, as cortou faz tempo)

Coração alado
Voava alto.
Ultrapassava a si mesmo
Ia sempre
Sem rumo
Livre.

E de tanta alegria
Entre uma brisa e um vento,
Vagueando em seus pensamentos
Encontrou

Estrelas brilharam
E então descobriu
Entre um riso
E um gole
O doce sabor
Da deliciosa
Felicidade!

Zana Ol








segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Tu



Quem te roubou a verdade?
Quem te roubou o Amor?
Quem  roubou tua liberdade?

Não fujas...
Fica...
Sonha...

Traz de volta teu sorriso
Tua vontade
Tua inocência
Faz-te gente novamente

Vem...
Receba os abraços do mundo
Enxuga a lágrima
E descubra o lado doce da vida

Te descoberta
E mostra-te como és
Sê tu
Somente tu

Não seja o mundo
Mas leva-o dentro de ti

Ame-o

Vem,
De-me tua mão
Deixe-me ser teu abrigo,
Tua força,
Teu amigo
Deixe-me ser...

Zana Ol

Transformação


     

        Não disse nada. Permaneceu ali por horas esperando que algo acontecesse. Não sabe ao certo em que momento deixou de ser uma pessoa comum. Ou se algum dia fora. Esforçava-se ao máximo, mas não conseguia compactuar com este  mundo. Preferia o seu. Então por vezes ficava recostada em uma árvore observando os lindos pássaros e como frágil e  fugaz eram suas vidas.
      Passou a ser uma observadora, não das pessoas- essas não interessava-lhe mais- mas do mundo que a rodeava, animais, plantas, almofadas, paredes...
      Nada passava incólume ao seu olhar. Tornou-se uma observadora sem igual.
      Certa manhã levantou-se e olhou-se no espelho e então não se reconheceu.Quem era aquela que insistia em olha-la tão observadoramente? Então lançou  uma pergunta aquela pessoa que insistentemente  olhava-a ._ Quem és tu?
      -Responde tu?-falou  o espelho.
      Então ela observou por alguns segundos aquela imagem,  balançou os ombros , virou-se e foi caminhado em direção à porta.
      -Como vou saber? Não sei nem quem sou, como vou saber quem tu és?
      Abriu a porta, lançou um olhar mais uma vez para o espelho e completou:
     -Vá, é melhor seguir o teu caminho que eu sigo o meu.
      E sem dizer mais nada, fechou a porta atrás de si.

      Zana Ol