Não disse nada. Permaneceu ali por horas esperando que algo acontecesse. Não sabe ao
certo em que momento deixou de ser uma pessoa comum. Ou se algum dia fora. Esforçava-se
ao máximo, mas não conseguia compactuar com este mundo. Preferia o seu. Então por vezes ficava
recostada em uma árvore observando os lindos pássaros e como frágil e fugaz eram suas vidas.
Passou a ser uma
observadora, não das pessoas- essas não interessava-lhe mais- mas do mundo que
a rodeava, animais, plantas, almofadas, paredes...
Nada passava
incólume ao seu olhar. Tornou-se uma observadora sem igual.
Certa manhã
levantou-se e olhou-se no espelho e então não se reconheceu.Quem era aquela que
insistia em olha-la tão observadoramente? Então lançou uma pergunta aquela pessoa que
insistentemente olhava-a ._ Quem és tu?
-Responde
tu?-falou o espelho.
Então ela
observou por alguns segundos aquela imagem, balançou os ombros , virou-se e foi caminhado
em direção à porta.
-Como vou saber?
Não sei nem quem sou, como vou saber quem tu és?
Abriu a porta,
lançou um olhar mais uma vez para o espelho e completou:
-Vá, é melhor
seguir o teu caminho que eu sigo o meu.
E sem dizer mais
nada, fechou a porta atrás de si.
Zana Ol
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