domingo, 11 de setembro de 2011

Tempo





E o tempo...
Escapou-me
Por entre os dedos,
Por entre os sonhos,
Pela minha vida.

Foi-se sem que eu percebesse
Foi-se sem se tornar finito
Foi-se

Levou com ele
Meus anseios
Meus desejos
Minhas vontades

Deixou-me a certeza
De que não voltará
Deixou  apenas
Uma leve brisa
A recordar-me
Das fortes tempestades,
Apenas as lembranças.

Mas o tempo
encantado
Que se esconde
No cerne da minha alma
No íntimo canto da minha vida
Ah, este, ninguém rouba de mim.

Zana Ol


2 comentários:

  1. Cara Zana,

    mais um lindo poema e esse sobre um tema que me é muito caro: nossa relação com o tempo. Destaco a última parte: "Mas o tempo / encantado / Que se esconde / No cerne da minha alma / No íntimo canto da minha vida / Ah, este, ninguém rouba de mim."

    O tempo da minha intimidade é irroubável, porque não pertence ao meu eu, mas ao meu ser em si.

    Um abraço,

    Garin

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  2. Caro professor Garin,

    o tempo ao qual nossa alma está ligada é eterno, porque nossa alma é infinita.

    Mais uma vez: Fico feliz pela sua visita ao meu blog!

    Um abraço,
    Zana

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